Abra-se para Deus
Quando o homem abre os seus espaços interiores a Deus, na fé e na oração; quando sente que as suas solidões interiores ficam inundadas pela presença divina; quando percebe que o seu desamparo e indigência radicais ficam contrapostos pelo poder e riqueza de Deus; quando o homem experimenta vivamente que esse Senhor, que enche e dá solidez além de todo poderoso e também todo carinhoso; que Deus é “o seu” Deus, o Senhor é “o seu” Pai; e que o seu Pai o ama, e o envolve, e o compenetra, e o acompanha; e que finalmente, é a sua fortaleza, a sua segurança, a sua certeza e a sua libertação...então, digam-me, medo a que?
Se o Senhor é a minha luz, a minha forca e a minha salvação, a quem temerei? Se Senhor é o protetor da minha vida, de quem hei-me ter medo? (v.1) O medo desapareceu, porque a solidão ficou preenchida por Deus. E, neste momento, o homem começa a participar da omnipotência de Deus: Nem a vida nem a morte, nem a mentira nem a calúnia poderão causar-me a menor beliscadura. O homem é, pois, a partir desse momento, filho da Omnipotência, invulnerável aos perigos e ameaças.
Do livro “Salmos para a Vida” do Frei Inácio Larrañaga
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