Começando em casa
A única maneira de amar realmente o próximo é reconciliando-nos com nos mesmos, aceitando-nos e amando-nos serenamente. Não podemos esquecer que o ideal bíblico sintetiza-se em “amar o próximo como a si mesmo”. A medida, portanto, é o “si mesmo” e, cronologicamente, o “eu-mesmo” vem antes que o próximo. Já é um ideal altíssimo chegar a preocupar-se com o outro tanto quanto consigo mesmo. Então é por aí que precisamos começar.
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Concretamente, ser feliz quer dizer sofrer menos. Na medida em que vão secando as fontes do sofrimento, o coração começa a se encher de gozo e de liberdade. Sentir-se vivo já é uma pequena embriaguez, mas o sofrimento acaba bloqueando essa embriaguez.
Na medida em que a pessoa consegue arrancar as raízes das penas e dores, sobe o termômetro da embriaguez e de gozo vital. Viver, em poucas palavras, já é ser feliz.
Se conseguirmos que as pessoas vivam, a forca expansiva desse gozo vital lançará cada um em direção aos seus semelhantes com esplendores de primavera e compromissos concretos.
Extraído do livro “Sofrimento e Paz” do Frei Inácio Larrañaga