Em busca do sentido perdido
Vivemos uma época de crise que se distingue pela sensação de vazio existencial ou perda do sentido da vida. Por isso, estamos necessitados de transcender-nos continuamente, de dar passos para a frente.
Sentimo-nos agitados entontecidos pelos mitos do progresso indefinido, utopias messiânicas e ideologias sociais ou políticas. Desvaneceram-se as certezas que nos vinham de sistemas religiosos e crenças coletivas. Em meio a essa desorientação, não faltam temperamentos sensíveis e inquietos que se sentem chamados a tentar novos caminhos.
Transcender-se e ir além; superar de alguma maneira as próprias fronteiras e limites pessoais. O ser humano não é uma entidade acabada; é um devir, um estar fazendo-se na contingencia. A questão é abrir-se cada vez mais à dimensão da profundidade, como dizia Goethe: “A divindade atua no vivo, no que se torna e muda, não no consolidado e inerte”.
Extraído do livro “As forças da decadência” do Frey Inácio Larrañaga.
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