top of page

Novedades Fundación TOVPIL

Feliz de ti que acreditaste


Maria, a Mãe, foi caminhante. Percorreu nossas próprias estradas e em seu caminhar houve as características típicas de uma peregrinação: sobressaltos, confusão, perplexidade, surpresas, medo, fadiga... Mai do que tudo, houve interrogações: Que é isso? Será mesmo? E agora que vamos fazer? Não vejo nada. Está tudo escuro.


Sua vida não foi turismo. Como todos nós, ela foi descobrindo o mistério de Jesus Cristo, com a atitude típica dos Pobres de Deus: abandono, busca humilde, disponibilidade confiante. Também a Mãe teve que ir peregrinando entre ruas vazias e vales escuros, buscando pouco a pouco o Rosto e a vontade do Pai. Como nós.


De acordo com os textos evangélicos, essa foi a vida de Maria, uma navegação por um mar de luzes e de sombras.

A grandeza da Mãe está no fato de que, quando não entende alguma coisa, ela não reage angustiada, impaciente, irritada, ansiosa e assustada. Em vez disso, a Mãe toma a atitude típica dos Pobres de Deus: cheia de paz, paciência e doçura, toma as palavras, recolhe-se em si mesma e permanece, interiorizada, pensando: que querem dizer estas palavras? Qual será a vontade de Deus em tudo isso? Assim ela se recolhe em seu interior e cheia de paz vai se identificando com a vontade desconcertante de Deus, aceitando o mistério da vida.


Que adianta resistir ao impossível? Nesses momentos, temos que agir como Maria: fechar a boca e ficar em paz. Nós não sabemos nada. O Pai sabe tudo. Se podemos fazer alguma coisa para mudar os acontecimentos, façamo-lo. Mas, para que lutar contra as realidades que não podemos mudar?


Então, a Mãe pode apresentar-se dizendo: Meus filhos, eu sou o caminho. Venham comigo, façam como eu fiz. Sigam a mesma estrada da fé que eu percorri e pertencerão ao povo das bem-aventuranças. Felizes os que, no meio da escuridão da noite, acreditaram no resplendor da luz!


Do livro “O silêncio de Maria” de Ignácio Larrañaga

Comments


Commenting has been turned off.
bottom of page