- Fundación TOVPIL
- há 18 horas
- 1 min de leitura
Poema de Gratidão ao Senhor*
Passaram 50 anos. Parece que foi ontem, uma manhã de neve. Jesus tomou a bandeira e pôs-se a caminho; eu comecei andar atrás d`Ele.
“Que horas eram? Vem a aurora?
A Unção, com todo o peso da doçura, desceu sobre a minha alma, lugar de ilusões, campo inesgotável de sonhos. Como as estrelas se precipitam no abismo, assim mil graças e dons do Altíssimo desceram até as profundidades do meu ser pelas mãos do venerável ancião Monsenhor Delgado. E eu iniciei a minha caminhada: caminhos de assombro e de ternura. Aquele dia foi como o primeiro dia da criação, um sopro de gozo, que quis saborear até a última gota, porém não foi assim.

Quisera encontrar-me naquele dia, naquele mês e naquele ano no cume inacessível da mais alta montanha do mundo com o meu Amado Jesus, dizendo-lhe: Quero coroar-te com uma grinalda como rei dos meus mundos; quero cantar-te à luz de cada manhã até que despontem as estrelas, quero remar na tua barca até chegar à praia; quero que o meu amor seja eternamente fresco e puro como a chuva. Ó Meu Jesus: Eu gostaria de me agarrar a Ti e abraçar-Te com muita paixão e alegria, sem jamais me desprender. Quisera que o tempo se detivesse aí mesmo, nesse dia, como um velho relógio cansado e parado.
Foi um dia único nos anais da minha história. Já lã vão 50 anos.
* Frei Inácio escreveu este poema em seu 50º aniversário de sacerdócio
Carta Circular N.15 do Frei Inácio Larrañaga
Comments