Venham comigo
Os que quiserem libertar seus pés cansados das cadeias pesadas, venham comigo. Os que estiverem dispostos a levantar um muro de contenção às marés dos desejos, instintos e forças de morte, venham comigo. Aqueles que se comprometem a levantar amorosamente e carregar sem vergonha nem tristeza em seus ombros, as pesadas leis diárias da impotência-incompreensão-solidão-morte, venham comigo. Aqueles que estão dispostos a oferecer a própria vida como um branco cordeiro, venham comigo.
![](https://static.wixstatic.com/media/76ab9b_be57119b70194715819ac834823b3fad~mv2.jpg/v1/fill/w_107,h_101,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/76ab9b_be57119b70194715819ac834823b3fad~mv2.jpg)
Aqueles de vocês que querem continuar dando asas à autocompaixão e são melindrosos consigo mesmos, fiquem para trás. Aqueles que querem continuar fechados em seus medos, combatendo os espectros de seus fantasmas, fiquem para trás. Vocês já sabem a história do grão de trigo: para viver precisa ser sepultado e morrer. Aqueles que buscam um Messias brilhante e triunfal, fiquem para trás.
Aqueles que optam por um Messias pobre, humilde, crucificado, venham comigo
(Mt 16, 24-27; Mc 8, 34-38; Lc 9, 23-27; Jo 12, 25).
Do livro O Pobre de Nazaré do Frei Inácio Larrañaga