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Busco teu rosto, Senhor


O salmista diz: “Ouço em meu coração: buscai meu rosto. Teu Rosto buscarei, Senhor, não me escondas teu rosto”. Precisamos: Deus não tem rosto. Essa palavra, rosto, tão repetida desde os dias de Moisés, como a expressão da intimidade mais entranhável, quer indicar, faz referência, mais uma vez, à presença divina, ao Deus pessoal, vivo e verdadeiro, ao próprio Deus, percebido vivamente na fé e na oração.

Voltamos a insistir: o Senhor será o vencedor da solidão e o libertador das angústias, na medida em que for o Deus vivente no fundo da minha consciência. A única condição para que Deus seja verdadeiramente meu libertador é esta: que não seja uma abstração teórica, uma trama de ideias lógicas para fazer acrobacias intelectuais, mas que seja, dentro de mim, uma pessoa viva: pai, mãe, irmão, amigo, meu Deus verdadeiro. Para dar algum nome a essa realidade, dizemos rosto.


E o salmista sabe por experiência que esse Rosto é a chave de todo bem, fonte de força e transformação, como de plenitude existencial.


Do livro Salmos para a Vida de Frei Inácio Larrañaga

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