- Fundación TOVPIL
- há 7 dias
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Contemplando Maria no dia da sua Assunção
Estou certo de que a fé de Maria foi assaltada e combatida (mas nunca abatida) por um esquadrão de perguntas, que chegavam em ondas sucessivas. Para não sucumbir, a Mãe teve que empregar uma quantidade enorme de fé adulta, fé pura e limpa, aquela que só se apoia no próprio Deus.
Seu segredo foi este: não resistir, mas entregar-se. Ela não podia mudar nada: nem a misteriosa demora da manifestação de Jesus, nem a rotina que, como uma sombra, ia envolvendo e invadindo tudo, nem o silêncio desconcertante de Deus... Se Maria não podia mudar, por que resistir? O Pai queria assim e permitia assim.

Só o desenvolvimento de uma grande intimidade com o Pai, e o abandono inquebrantável em suas mãos, livrou Maria do pior escolho em sua peregrinação. E assim Maria fez a travessia dos trinta anos, navegando no barco da fé adulta.
Todo o mistério de Maria esteve enterrado nas dobras do silêncio durante a maior parte de sua vida. Muitos de seus privilégios “imaculada, assunção...” estiveram em silêncio até na Igreja durante muitos séculos. Voltamos à mesma conclusão: o que é definitivo está em silêncio.
Extraído do libro “O silêncio de Maria” do Frei Inácio Larrañaga
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