O Amor de Deus

Como as plantas precisam de sol, vocês precisam do amor do Pai. Já vi muitos de vocês com uma ruga na testa: é a linguagem da angustia que diz: que vamos a comer? Como vamos nos vestir? Onde vamos dormir?

Escutem, são necessidades primarias, é e preciso trabalhar. Então Mãos à obra! Empunhemos a serra, a enxó, a plaina, as maças, os martelos, as foices, as enxadas, as redes, e vamos lutar pelo pão de cada dia. Luta, sim, mas luta com paz. Trabalho, sim, mas trabalho com alegria. Os espinhos negros da inquietação e da angustia tem de ser arrancados do coração como pregos enferrujados. Joguem tudo isso nas mãos do Pai.

Antes de vocês saírem ao encontro dele, Ele saiu ao encontro de vocês. Antes de vocês abrirem a boca para pedir alguma coisa, Ele já está pensando no que vocês precisam.

Ainda que tenham ouvido falar sempre de um Deus vestido de relâmpagos, hoje vocês vão sentir o vasto mar de seu Amor que os chama eternamente para o seu seio. E nas noites de tempestades, teremos conversas familiares em casa, junto ao fogão, e vamos rir e ser felizes.

Do livro O Pobre de Nazaré do Frei Inácio Larrañaga