Salvar-se o a arte de viver

Ao dizermos “salvar-se”, não estamos nos referindo à salvação cristã, aquela que Cristo conseguiu para nós e que se consumará na vida eterna. Entendemos salvação em seu sentido popular: salvar-se do medo, da angústia, do tédio, do sofrimento...

Mais concretamente, por salvar a si mesmo entendemos e estamos nos referindo a alguns meios que cada pessoa pode utilizar para evitar ou mitigar qualquer sofrimento.

A observação da vida ensinou-me que a fé é a anestesia mais potente para acalmar as dores da vida. Mas, infelizmente, são poucas as pessoas que dispõem de uma fé poderosa o suficiente para transformar a dor em fonte de paz.

 Não existe um especialista que, por meio de suas análises e terapias, possa libertar você do sofrimento humano. Salvar-se é a arte de viver, e essa arte se aprende vivendo. Ninguém pode viver por você; é você mesmo que pode e deve salvar-se eliminando a angústia, resgatando a tranqüilidade da mente e o prazer de viver.

É preciso conscientizar-se de que todo ser humano é portador de imensas capacidades que normalmente estão adormecidas. Entretanto, uma vez despertadas e colocadas em ação, você pode muito mais do que imagina. É preciso que cada um de nós comece, portanto, por acreditar em si mesmo e em sua capacidade de “salvação”.

Extraído do livro “A arte de ser feliz” do Frei Inácio Larrañaga